9 de jul. de 2009

18/07- Núcleo Plantações da Expressão Artistica.

No Núcleo Artes Visuais, no mês de Julho o evento Jardim Cultural apresenta três artistas plásticos:

Sérgio Curti:



SÉ CURTI :

Nascido na cidade de São Paulo no ano de 1979, se interessou pela pintura ainda jovem. Foi assíduo frequentador do atelier do pintor paulistano Jorge Bussab, o qual o incentivou seu ingresso no curso de Artes Plásticas pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Durante a graduação, participou na das anuais semanas de Arte e Cultura. Ainda em Bauru, ganhou o primeiro prêmio do 3º Panorama de Artes Visuais realizado pela secretaria de Cultura do município.

Já formado, optou pela carreira de designer gráfico. Morou em Barcelona, local onde começou a desenvolver seus trabalhos em suporte digital e, após passar um período em Estocolmo, volta ao Brasil e monta seu Studio na cidade de Holambra, de onde passa a se aprofundar em suas infogravuras.


EXPOSIÇÕES

* Galeria de Arte Sônia Peach – Campinas/SP (2000)
* Semanas de Artes e Cultura da UNESP – Bauru/SP – (2002-2005)
* 1º Salão de Arte de Fernandópolis-SP (menção honrosa) – (2003)
* 3º Panorama de Artes Visuais de Bauru-SP (1º prêmio) – (2004)
* 2ª Mostra de Artes Visuais de Holambra-SP – (2008)


Temos também a artista plástica Júlia Filardi, que aos 14 anos iniciou seu estudo de desenho e pintura, tendo como professora a artista Leonildes Berbel. Em Londrina, aperfeiçou-se em técnicas neoclássicas ao lado do artista David Wang. Constantemente realiza cursos na Escola Visual Do Parque Lage,no Rio de Janeiro, referência de arte contemporânea na América Latina;
A Artista se apresentará no Núcleo Plantações da Expressão Artistica com a exposições de Telas da série “ Luminescência Abissal”;
Vale lembrar que a artista no evento passado fez uma participação na instalação "A Marcha dos Astros" da artista Maria Lima;

(Tela de Júlia Filardi)



A nova série de obras intitulada "Luminescência Abissal", é uma evolução das séries anteriores "Entre o corpo e a sombra: o encontro" caracterizada pela exploração de figuras humanas em preto e branco e "Fragmentos Televisivos" em que predomina o uso de cores intensas.

"Luminescência Abissal" retrata figuras humanas em preto e branco em contraste com o colorido de animais existentes no mais profundo do oceano. Recém descobertos, estes seres povoam profundidades que variam entre 900m a 6.000m, fato este que originou os títulos dos quadros, que são marcas de profundidade.

Com um caráter conceitual, as telas levam à reflexões sobre certos elementos simbólicos que são a água, o silêncio,a profundidade,a nudez, a escuridão e estados meditativos. Interligados entre si, estes símbolos estão carregados de espiritualidade: a água enquanto matriz, mãe de todos os seres, de onde a vida surgiu, remete à nossa vida uterina nos conectando às profundezas abissais do inconsciente. O silêncio do mergulho em profundidades inexploradas está intrinsecamente ligado à meditação e busca por evolução espiritual. Há o encontro inusitado do homem com habitantes abissais, num universo cujo realismo fantástico, nos conduz à interiorização e surpresas líricas.

O homem, despido e entregue à profundidade de seu inconsciente, mergulha de forma surpreendente em si, ao se deparar com seres nunca antes imaginados, mas tão reais quanto as sombras psicológicas nas quais nos escondemos e não raro nos abrigamos.

A água é espelho: nascimento, pureza e todo seu contrário, o invertido, reflexo narcísico, o tao do homem diante do homem, do homem animal e plural. Ilusão especular, quando numa mesma imagem reflete o superficial e o profundo. Sobretudo matriz vital, a origem associada ao negro, a vida ainda em sua indefinição. E dali, emerge o animal e toda a cadeia evolutiva. De onde viemos e para onde retornamos, para que o renascimento se processe. Eterno jogo entre eros e thanatos.

Águas negras que contrastam com os corpos nus, num possível resgate, num retorno à luz. É o cenário do silêncio, o qual em si , ilumina ou afoga. Une , se meditativo ou aniquila, ao separar, o ser de si mesmo ou do outro amado.

O mar e sua energia sexual, primordial, motriz do desejo, símbolo da fecundidade por excelência. Já dizia Platão, no Banquete:

“Portanto, a pessoa, e quem quer que deseje alguma coisa, deseja forçosamente o que não está à sua disposição, o que não possui, o que não tem, o que lhe falta; ora, não são estes justamente os objetos do desejo e do amor?”

Assim, o corpo nu (desejante) e o negro (a ausência que move o desejo) se entrelaçam nas águas desta obra, enredados numa simbologia paradoxa.

*** Já a artista plástica Maria Lima, volta a se apresentar no espaço com telas trabalhadas em carvão e acrílico, intituladas "Super Homens", a mesma é Graduada em artes pela UNESP, iniciou seus estudos em desenho e pintura aos dez anos. Participou de diversas exposições no estado de São Paulo, entre as mais importantes o Mapa Cultural Paulista em 2005/2006, tendo uma de suas obras selecionadas para catálogo e o Salão de Arte Jovem de Santos em 2002, um dos mais importantes salões de arte, responsável por destacar a produção de jovens artistas. O desenho sempre foi um elemento essencial no trabalho da artista. Através da pesquisa e experimentação, transcende as possibilidades dessa linguagem, elevando-a ao status de protagonista. Outros meios utilizados pela artista são a pintura e mais recentemente a instalação e os trabalhos conceituais. Tem como influência artistas como Egon Shiele, Edward Munch, Francis Bacon, Jean Michel Basquiat, Iberê Camargo, Siron Franco, Hélio Oiticica, Sandra Cinto, entre outros;


(Desenho da artista plástica Maria Lima)






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